RELACIONAMENTO A DISTÂNCIA, DÁ CERTO? ⋆ Andrea Stival



Estar junto, dividir um cinema aos finais de semana, dormir abraçados toda noite, poder marcar um jantar a dois no meio da semana. Parecem atividades comuns para a maioria dos namoros. Mas há quem não possa fazer isso dessa forma no momento.

Os relacionamentos a distância possuem uma dinâmica diferente. Muitas vezes são centenas de quilômetros que separam as duas pessoas apaixonadas, o que pode assustar alguns de imediato, a ponto de preferirem perder aquele que ama do que encarar esse desafio.

Por mais que possa ser assustador, estar em um compromisso com alguém que mora em outra cidade, estado ou até mesmo país pode sim funcionar. Ainda mais em uma era de redes sociais e aplicativos de conversação que facilitam o contato entre todos.

Para quem nunca passou por isso e está diante do dilema de arriscar ou não entrar nesse tipo de relação, é importante compreender como pode encarar essa nova situação. Além disso é essencial saber o que o casal pode fazer para atenuar a sensação de distância e dar certo. E, principalmente, serem tão felizes quanto se morassem no mesmo lugar.

Como encarar o namoro a distância?

Uma das primeiras coisas que vem à cabeça de quem está diante da chance de um relacionamento a distância é: medo. Medo de não dar certo, de como irá encarar a situação, de não suportar a saudade, de não saber lidar com essa nova dinâmica, etc. São tantos receios que muitas pessoas simplesmente travam diante dessa possibilidade.

A doutora em Psicologia Clínica e terapeuta de casais Adriana Nunes, ressalta que um dos principais deles está relacionado com o ciúme. “A maioria das pessoas acredita que a proximidade física impede traição, o que não é verdade. Para vencer este tipo de medo, uma boa comunicação é fundamental.”

E ela não está falando apenas de conversar constantemente pelo WhatsApp. É ter de fato uma comunicação sincera, aberta e honesta. “E quando falo em boa comunicação isto quer dizer que os membros do casal devem ser sinceros tanto com relação a coisas importantes (natureza do relacionamento, dúvidas, incertezas, expectativas, planos para o futuro…), quanto em questões triviais (o dia a dia de cada um, por exemplo)”, explica a especialista.

Esse é um princípio básico que deveria estar presente em todos os tipos de relacionamento, não é mesmo? Na verdade, tem diversas coisas que essas duas modalidades têm em comum, como explica Adriana: “Dificuldades de comunicação são inerentes a qualquer tipo de relacionamento, seja ele presencial, seja a distância. Falta de apoio, confiança e grau de compromisso também aparecem com frequência.”

Mas como contornar isso? Entra aí outra questão fundamental para os relacionamentos nos quais o casal não se veja constantemente. “O importante é ter cumplicidade, proximidade (ainda que apenas emocional), apoio e respeito.”, afirma a terapeuta. Além disso, confiança é fundamental para quem opta por um compromisso desses.

Você já deve ter reparado que muitas pessoas veem com descrença os namoros nos quais um dos parceiros mora longe do outro, não é? Mas o que motiva isso? Segundo Adriana Nunes, é o mito de que esse tipo de compromisso não seria tão sério. Ou ainda que facilitaria a traição devido à falta de contato físico, o que não é verdade.

“Um outro tabu é achar que a distância faz com que os parceiros se idolatrem mutuamente, deixando de enxergar os defeitos do parceiro.”, também afirma a terapeuta. Porém, com o convívio, mesmo que através dos meios virtuais e por telefone, eles vão aparecendo e torna-se possível quebrar essa idealização, caso ela ocorra.

Um detalhe importante é entender que nem todos os namoros a distância são iguais. Até porque cada compromisso é único, não é mesmo? “É muito diferente você estar namorando alguém presencialmente e depois esse relacionamento se tornar a distância, do que o namoro já começar a distância ou, na situação mais complexa, dos membros do casal não se conhecerem pessoalmente.”, explica a terapeuta de casais.

Por isso não há regras específicas sobre o assunto. O importante é que, se você se apaixonou por alguém que está longe agora, e decidiu viver esse amor, que se permita ir descobrindo aos poucos como funcionará a dinâmica entre vocês para que possa dar certo.

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